quarta-feira, 6 de novembro de 2013




A SEGUNDA VINDA DE CRISTO E O ARREBATAMENTO.

I) Principais textos sobre a vinda de Jesus e o arrebatamento
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mateus 24: 30- 31).

“Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tessalonicenses 4: 15- 17).).

Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele, que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o dia de Cristo estivesse já perto (2 Tessalonicenses 2:1- 2).

II) Duas coisas em comum nesses textos
Se observarmos cuidadosamente, compreenderemos que os três textos possuem duas coisas em comum:
1) Eles falam de uma reunião ou encontro entre a igreja e Jesus.
“... os quais ajuntarão os seus escolhidos...” (Mateus: 24: 31;
“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares...” (1 Tessalonicenses: 4: 17) ;
“Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, e pela nossa reunião com ele...” (2 Tessalonicenses: 2: 1)
Está evidente que os três textos falam da reunião ou o encontro entre Cristo e sua igreja.

2) Afirmam que esse encontro ou reunião se dará no momento da sua vinda em glória.
“e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória...” (Mateus: 24: 30).
“Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor...” (1 Tessalonicenses: 4: 15)
“Ora, irmãos, rogamo-vos, pela vinda de nosso Senhor Jesus Cristo...” (2 Tessalonicenses: 2: 1).

Portanto fica claro que esse encontro se dará na segunda vinda de Cristo. E outro ponto interessante a se analisar, é que, tanto Paulo como Jesus não fizeram distinção do arrebatamento com a vinda gloriosa. Eles apenas disseram que o arrebatamento se daria na segunda vinda, e em nenhum momento eles dividirem a segunda vinda em duas fases.

Mediante esse raciocínio, surge a pergunta: se a reunião, ou o encontro dos filhos de Deus com Jesus se dará na segunda vinda em glória, porque então nós pregamos um arrebatamento separado da segunda vinda de Jesus em gloria? Porque dividimos a segunda vinda de Cristo em duas fases, se o próprio Jesus e seus respectivos apóstolos não pregaram assim?

III) Uma pequena analise sobre os significados dos termos “ajuntar, encontar e reunir”.
Quando analisamos as palavras usadas no novo testamento grego para se referir a reunião que se dará entre Cristo e a igreja, percebemos que todas tem as mesmas conotações em seus respectivos significados.

Jesus disse que “ajuntaria” seus escolhidos. A palavra usada ali pra se referir ao ajuntamento dos escolhidos vem do grego “έπισυνάγω” (episynagõ), que significa “reunir, congregar no mesmo lugar, ajuntar” (conferir Mateus: 23: 37; Marcos: 13.27; Lucas: 17: 37).

Paulo referindo-se ao arrebatamento disse que nós iremo-nos “encontrar”. Essa expressão “encontrar” no grego é “άπάντησις” (apantesis), que significa “reunião, encontro” (conferir: Mateus: 25: 6; Atos: 28: 15). Esse termo é usado nos papiros acerca da chegada de um magistrado; parece que a ideia especial da palavra era a recepção de um dignitário recentemente chegando.

Novamente, porem, na segunda carta aos Tessalonicenses o apóstolo faz menção da vinda de Cristo e da nossa reunião com Ele. A palavra “reunião” usada ali vem do grego“Έπισυναγωγή” (episynagõge), que significa “encontro, reunião, congregar” (conferir: Hebreus: 10: 25; 2 Tessalonicenses: 2: 1). Esse termo tem forte ligação com a palavra grega “συναγωγή” (sunagoge) no português sinagoga, que significa “reunião, ajuntamento”. Esta palavra é usada na bíblia pra se referir a assembleia religiosa dos judeus.

Conclusão: Tanto o apostolo Paulo e Jesus Cristo, falavam do mesmo evento. Paulo em nenhum momento afirmou que o arrebatamento é um acontecimento separado da segunda vinda, pelo contrario, ele simplesmente afirmou que no momento do segundo advento de Cristo a igreja será levada ao seu encontro, ou seja, arrebatada, tomada para si.


Maranata!


Washington Araujo


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Pragmatismo- Um mal que assola nossas Igrejas.

Mas o que é pragmatismo? pragmatismo é uma doutrina filosófica que adota como critério da verdade a utilidade prática. Essa doutrina é muito parecida com o utilitarismo que afirma que tudo que é útil é bom e aceitável.
Para um pragmatista, os fins justificam os meios. Ou seja, se determinada prática está trazendo um ótimo resultado, então, tal prática é válida.


John MacArthur diz: "Pragmatismo é a noção de que o significado ou valor é determinado pelas consequências práticas. É muito similar ao utilitarismo, a crença de que a utilidade estabelece o padrão para aquilo que é bom. Para um pragmatista/utilitarista, se uma determinada técnica ou um curso de ação resulta no efeito desejado, a utilização de tal recurso é válida. Se parece não produzir resultados, então não tem valor".
 
John MacArthur fala sobre o mal que o pragmatismo traz para o rebanho de Cristo, e a tendencia de muitos líderes assimilarem tal filosofia: 
"Alguns líderes eclesiásticos aparentemente pensam que as quatro prioridades da igreja apresentadas no livro de Atos- a doutrina dos apóstolos, a comunhão, o partir do pão, e as orações (At 2. 42)- constituem uma agenda deficiente para a igreja de nossos dias. Eles estão consentindo que a dramatização, a música, a recreação, o entretenimento, os programas de auto-ajuda e iniciativas semelhantes eclipsem o culto e a comunhão dominical tradicional. Aliás tudo na igreja contemporânea parece estar na moda, exceto a pregação bíblica. O novo pragmatismo encara a pregação (particularmente a pregação expositiva) como antiquada. Proclamar de modo claro e simples a verdade da Palavra de Deus é visto como ingênuo, ofensivo e ineficaz. Dizem-nos que obteremos melhores resultados se, primeiramente entretivermos as pessoas ou lhes ministrarmos "psicologia popular", cortejando-as assim para que "façam parte de nosso grupo" E, uma vez que se sintam bem, estarão dispostas a receberem a verdade bíblica em doses homeopáticas e diluídas. Há líderes se voltando para livros de marketing em busca de técnicas que ajudem no crescimento da igreja. Muitos seminários abandonaram sua ênfase básica de treinamento pastoral alicerçado em currículo bíblico-teológico, trocando-o por um treinamento alicerçado em técnicas de aconselhamento e em teorias de crescimento da igreja. Todas essas tendências apontam para o crescente comprometimento da igreja com o pragmatismo".

Há cem anos a igreja viu o liberalismo teológico trazer sérios problemas para cristianismo protestante. Hoje, porém, é o pragmatismo que está se infiltrando nas igrejas e causando estragos.

É lamentável. O que nos resta é orar para que Deus tenha misericórdia de nós. (Hc 3. 2).




Fonte: Todas as citações de John MacArthur foram extraídas do livro "Com vergonha do Evangelho"

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A TEOLOGIA LIBERAL E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A FÉ BÍBLICA

Por Danilo Raphael

Do jeito que as coisas andam em nossos dias, precisamos urgentemente nos libertar da teologia liberal. É espantoso o crescente número de livros (inclusive publicados por editoras evangélicas) que esboçam os ensinamentos deste tipo de teologia ou tecem comentários favoráveis. Embora esta teologia tenha nascido com os protestantes, hoje, porém, seus maiores expoentes são os católicos romanos. Em qualquer livraria católica encontramos grande quantidade de obras defendendo e/ou propagando a teologia liberal. E não é só isso. A forma com que alguns seminários e igrejas vêm se comprometendo com os ensinos desta teologia também é de impressionar.

A libertação da teologia liberal não só é necessária como também é vital para a Igreja brasileira, ameaçada pelo secularismo e pelo liberalismo teológico corrosivo.

Apesar das motivações iniciais dos modernistas, suas idéias, no entanto, representaram grave ameaça à ortodoxia, fato já comprovado pela história. O movimento gerou ensinamentos que dividiram quase todas as denominações históricas na primeira metade deste século. Ao menosprezar a importância da doutrina, o modernismo abriu a porta para o liberalismo teológico, o relativismo moral e a incredulidade descarada. Atualmente, a maioria dos evangélicos tende a compreender a palavra “modernismo” como uma negação completa da fé. Por isso, com facilidade esquecemos que o objetivo dos primeiros modernistas era apenas tornar a igreja mais “moderna”, mais unificada, mais relevante e mais aceitável em uma era caracterizada pela modernidade.

Mas o que caracterizaria um teólogo liberal? O verbete sobre o “protestantismo liberal” do Novo Dicionário de Teologia, editado por Alan Richardson e John Bowden, nos traz uma boa noção do termo. Vejamos três destaques de elementos do liberalismo teológico:

1 – É receptivo à ciência, às artes e estudos humanos contemporâneos. Procura a verdade onde quer que se encontre. Para o liberalismo não existe a descontinuidade entre a verdade humana e a verdade do cristianismo, a disjunção entre a razão e a revelação. A verdade deve ser encontrada na experiência guiada mais pela razão do que pela tradição e autoridade e mostra mais abertura ao ecumenismo;

2 – Tem-se mostrado simpatia para com o uso dos cânones da historiografia para interpretar os textos sagrados. A Bíblia é considerada documento humano, cuja validade principal está em registrar a experiência de pessoas abertas para a presença de Deus. Sua tarefa contínua é interpretar a Bíblia, à luz de uma cosmovisão contemporânea e da melhor pesquisa histórica, e, ao mesmo tempo, interpretar a sociedade, à luz da narrativa evangélica;

3 – Os liberais ressaltam as implicações éticas do cristianismo. O cristianismo não é um dogma a ser crido, mas um modo de viver e conviver, um caminho de vida. Mostraram-se inclinados a ter uma visão otimista da mudança e acreditar que o mal é mais uma ignorância. Por ter vários atributos até divergentes, o liberal causa alergia para uns e para outros é motivo de certa satisfação, por ser considerado portador de uma mente aberta para o diálogo com posições contrárias.

As grandes batalhas causadas pelo liberalismo foram travadas dentro das grandes denominações históricas. Muitos pastores que haviam saído dos EUA no intuito de se pós-graduarem nas grandes universidades teológicas da Europa, especificamente na Alemanha, em que a teologia liberal abraçava as teorias destrutivas da Alta Crítica produzida pelo racionalismo humanista, acabaram retornando para os EUA completamente descrentes nos fundamentos do cristianismo histórico. Os liberais, devido à tolerância inicial dos fiéis para com a sã doutrina, tiveram tempo de fermentar as grandes denominações e conseguiram tomar para si os grandes seminários, rádios e igrejas, de modo que não sobrou outra alternativa para grande parte dos fundamentalistas senão sair dessas denominações e se organizar em novas denominações. Daí surgiram os Batistas Regulares (que formaram a Associação Geral das Igrejas Batistas Regulares, em 1932), os Batistas Independentes, as Igrejas Bíblicas, as Igrejas Cristãs Evangélicas, a Igreja Presbiteriana
dos Estados Unidos (em 1936, que mudou seu nome para Igreja Presbiteriana Ortodoxa), a Igreja Presbiteriana Bíblica (em 1938), a Associação Batista Conservadora dos Estados Unidos (em 1947), as Igrejas Fundamentalistas Independentes dos Estados Unidos (em 1930) e muitas outras denominações que existem ainda hoje.

Podemos dizer que algumas das características do cristianismo ortodoxo se baseiam nos seguintes pontos:

• Manter fidelidade incondicional à Bíblia, que é inerrante, infalível e verbalmente inspirada;
• Acreditar que o que a Bíblia diz é verdade (verdade absoluta, ou seja, verdade sempre, em todo lugar e momento);
• Julgar todas as coisas pela Bíblia e ser julgado unicamente por ela;
• Afirmar as verdades fundamentais da fé cristã histórica: a doutrina da Trindade, a encarnação, o nascimento virginal, o sacrifício expiatório, a ressurreição física, a ascensão ao céu, a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo, o novo nascimento mediante a regeneração do Espírito Santo, a ressurreição dos santos para a vida eterna, a ressurreição dos ímpios para o juízo final e a morte eterna e a comunhão dos santos, que são o Corpo de Cristo.
• Ser fiel à fé e procurar anunciá-la a toda criatura;
• Denunciar e se separar de toda negativa eclesiástica dessa fé, de todo compromisso com o erro e de todo tipo de apostasia;
• Batalhar firmemente pela fé que foi concedida aos santos.

Contudo, o liberalismo, em sua apostasia, nega a validade de quase todos os fundamentos da fé, como, por exemplo, a inerrância das Escrituras, a divindade de Cristo, a necessidade da morte expiatória de Cristo, seu nascimento virginal e sua ressurreição. Chegam até mesmo a negar que existiu realmente o Jesus narrado nas Escrituras. A doutrina escatológica liberal se baseia no universalismo (todas as pessoas serão salvas um dia e Deus vai dar um jeito até na situação do diabo) e, conseqüentemente, para eles, não existe inferno e muito menos o conceito de pecado. O liberalismo é um sistema racionalista que só aceita o que pode ser “provado” cientificamente pelos próprios conhecimentos falíveis, fragmentados e limitados do homem.

Os primeiros estudiosos que aplicaram o método histórico-crítico sem critérios ao estudo das Escrituras negavam que a Bíblia fosse, de fato, a Palavra de Deus inspirada. Segundo eles, a Bíblia continha apenas a Palavra de Deus.

O liberalismo teológico tem procurado embutir no cristianismo uma roupagem moderna: pegam as últimas idéias seculares e, sorrateiramente, espalham no mundo cristão. J.G. Machem, em seu livro Cristianismo e liberalismo, trata deste assunto com maestria. Na contracapa, podemos ver uma pequena comparação entre o cristianismo e o liberalismo: “O liberalismo representa a fé na humanidade, ao passo que o cristianismo representa a fé em Deus. O primeiro não é sobrenatural, o último é absolutamente sobrenatural. Um é a religião da moralidade pessoal e social, o outro, contudo, é a religião do socorro divino. Enquanto um tropeça sobre a ‘rocha de escândalo’, o outro defende a singularidade de Jesus Cristo. Um é inimigo da doutrina, ao passo que o outro se gloria nas verdades imutáveis que repousam no próprio caráter e autoridade de Deus”.

Muitos, por buscarem aceitação teológica acadêmica, têm-se comprometido fatalmente, pois, na prática, os liberais tentam remover do cristianismo todas as coisas que não podem ser autenticadas pela ciência. Sempre que a ciência contradiz a Bíblia, a ciência é preferida e a Bíblia, desacreditada.

Hoje, a animosidade que demonstram para com a Bíblia tem caracterizado aqueles que crêem que ela é literalmente a Palavra de Deus e inerrante (sem erros em seus originais) como “fundamentalistas”.1 Ora, podemos por acaso negociar o inegociável?

Os liberais acusam os evangélicos de transformar a Bíblia em um “papa de papel”, ou seja, em um ídolo. Com isso, culpam os evangélicos de bibliolatria.2 Estamos cientes de que tem havido alguns exageros por parte de alguns fundamentalistas evangélicos, mas a verdade é que os “eruditos” liberais têm-se mostrado tão exagerados quanto muitos do que eles denominam de fundamentalistas. Teoricamente falando, a maioria dos liberais acredita em Deus, supondo que Ele pode intervir na história da humanidade, porém, na prática, e com freqüência, mostram-se muito mais deístas.3 Normalmente, os liberais também favorecem o “relativismo”, ou seja, difundem que no campo da verdade não há absolutos. Segundo este raciocínio, se não há verdades absolutas, então, as verdades da Bíblia (que são absolutas) são relativas, logo, não podem ser a Palavra de Deus. Tendo rejeitado a Bíblia como a infalível Palavra de Deus e aceitado a idéia de que tudo está fluindo, o teólogo liberal afirma que não é segura qualquer idéia permanente a respeito de Deus e da verdade teológica.

Levando o pensamento existencialista às últimas conseqüências, conclui-se que: se quisermos que a Bíblia tenha algum valor para a modernidade e fale ao homem moderno, temos de criar uma teologia para cada cultura, para cada contexto, onde nenhum ensino é absoluto, mas relativo, variando conforme o contexto sociocultural. Obviamente, tal pensamento possui fundamento em alguns pontos, mas daí ao radicalismo de pregar que nada é absoluto, isso já extrapola e fere diversos princípios bíblicos.

Raízes

O liberalismo teológico começou a florescer de forma sistematizada devido à influência do racionalismo de Descartes e Spinoza, nos séculos 17 e 18, que redundou no iluminismo.4 O liberalismo opunha-se ao racionalismo extremado do iluminismo.

Na verdade, quando a igreja começa a flertar com o liberalismo e se render aos seus interesses, ela perde sua autoridade e deixa de ser embaixadora de Deus. A história tem provado que onde o liberalismo teológico chega a Igreja morre. Este é um aviso solene que deve estar sempre trombeteando em nossos ouvidos.

A baixa crítica

Conforme Gleason L. Archer Jr, “a ‘baixa crítica’ ou crítica textual se preocupa com a tarefa de restaurar o texto original na base das cópias imperfeitas que chegaram até nós. Procura selecionar as evidências oferecidas pelas variações, ou leituras diferentes, quando há falta de acordo entre os manuscritos sobreviventes, e pela aplicação de um método científico chegar àquilo que era mais provavelmente a expressão exata empregada pelo autor original”.5

A alta crítica

J. G. Eichhorn, um racionalista germânico dos fins do século 18, foi o primeiro a aplicar o termo “alta crítica” ao estudo da Bíblia. E, por esse motivo, ele tem sido chamado de “o pai da crítica do Antigo Testamento”. Segundo R. N. Champlin, “a ‘alta crítica’ aponta para o exame crítico da Bíblia, envolvendo qualquer coisa que vá além do próprio texto bíblico, isto é, questões que digam respeito à autoria, à data, à forma de composição, à integridade, à proveniência, às idéias envolvidas, às doutrinas ensinadas, etc. A alta crítica pode ser positiva ou negativa em sua abordagem, ou pode misturar ambos os pontos de vista”.6 Mas o que temos visto na prática é que esta forma de crítica tem negado as doutrinas centrais da fé cristã, em nome da ciência, da modernidade e da razão. O que fica evidente é que alguns críticos partem com o intuito de desacreditar a Bíblia, devido a alguns pressupostos naturalistas, chegando ao cúmulo de dizer que a Igreja inventou Jesus.

Conforme Norman Geisler “a alta crítica pode ser dividida em negativa (destrutiva) e positiva (construtiva). A crítica negativa, como o próprio nome sugere, nega a autenticidade de grande parte dos registros bíblicos. Essa abordagem, em geral, emprega uma pressuposição anti-sobrenatural”.7

Métodos aplicados a qualquer tipo de literatura passaram a ser aplicados também à Bíblia, com grandes doses de ceticismo (no que diz respeito à validade histórica e à integridade de seus livros), com invenções de entusiastas que tinham pouca base nos fatos históricos. Assim, onde vemos nas narrativas da Bíblia fatos sobrenaturais esta teologia lhes confere interpretações naturais, retirando da Palavra de Deus todas as intervenções miraculosas. Claramente é impróprio, ou mesmo blasfematório, nos colocarmos como juízes sobre a Bíblia.

Penosamente, a “alta crítica” tem empregado uma metodologia faltosa, caindo em alguns pressupostos questionáveis. E, devido aos seus resultados, ultimamente vem sendo descrita como “alta crítica destrutiva”. (para melhor compreensão, veja o quadro comparativo acima)8

C. S. Lewis, sem dúvida o apologista cristão mais influente do século 20, em seu artigo “A teologia moderna e a crítica da Bíblia”, tece os seguintes comentários:

“Em primeiro lugar, o que quer que esses homens possam ser como críticos da Bíblia, desconfio deles como críticos9 [...] Se tal homem chega e diz que alguma coisa, em um dos evangelhos, é lendária ou romântica, então quero saber quantas lendas e romances ele já leu, o quanto está desenvolvido o seu gosto literário para poder detectar lendas e romances, e não quantos anos ele já passou estudando aquele evangelho10 [...] os críticos falam apenas como homens; homens obviamente influenciados pelo espírito da época em que cresceram, espírito esse talvez insuficientemente crítico quanto às suas próprias conclusões11 [...] Os firmes resultados da erudição moderna, na sua tentativa de descobrir por quais motivos algum livro antigo foi escrito, segundo podemos facilmente concluir, só são ‘firmes’ porque as pessoas que sabiam dos fatos já faleceram, e não podem desdizer o que os críticos asseguram com tanta autoconfiança”.12

Prove e veja

Na Universidade de Chicago, Divinity School, em cada ano eles têm o que chamam de “Dia Batista”, quando cada aluno deve trazer um prato de comida e ocorre um piquenique no gramado. Nesse dia, a escola sempre convida uma das grandes mentes da literatura no meio educacional teológico para palestrar sobre algum assunto relacionado ao ambiente acadêmico.

Certo ano, o convidado foi Paul Tillich,13 que discursou, durante duas horas e meia, no intuito de provar que a ressurreição de Jesus era falsa. Questionou estudiosos e livros e concluiu que, a partir do momento que não existiam provas históricas da ressurreição, a tradição religiosa da igreja caía por terra, porque estava baseada num relacionamento com um Jesus que, de fato, segundo ele, nunca havia ressurgido literalmente dos mortos.

Ao concluir sua teoria, Tillich perguntou à platéia se havia alguma pergunta, algum questionamento. Depois de uns trinta segundos, um senhor negro, de cabelos brancos, se levantou no fundo do auditório: “Dr Tillich, eu tenho uma pergunta, ele disse, enquanto todos os olhos se voltavam para ele. Colocou a mão na sua sacola, pegou uma maçã e começou a comer... Dr Tillich... crunch, munch... minha pergunta é muito simples... crunch, munch... Eu nunca li tantos livros como o senhor leu... crunch, munch... e também não posso recitar as Escrituras no original grego... crunch, munch... Não sei nada sobre Niebuhr e Heidegger... crunch, munch... [e ele acabou de comer a maçã] Mas tudo o que eu gostaria de saber é: Essa maçã que eu acabei de comer... estava doce ou azeda?

“Tillich parou por um momento e respondeu com todo o estilo de um estudioso: ‘Eu não tenho possibilidades de responder essa questão, pois não provei a sua maçã’.

“O senhor de cabelos brancos jogou o que restou da maçã dentro do saco de papel, olhou para o Dr. Tillich e disse calmamente: ‘O senhor também nunca provou do meu Jesus, e como ousa afirmar o que está dizendo?”. Nesse momento, mais de mil estudantes que estavam participando do evento não puderam se conter. O auditório se ergueu em aplausos. Dr. Tillich agradeceu a platéia e, rapidamente, deixou o palco”.

É essa a diferença!

É fundamental considerar que tudo o que engloba a fé genuinamente cristã está amparado em um relacionamento experimental (prático) com Deus. Sem esse pré-requisito, ninguém pode seriamente afirmar ser um cristão. Seria muito bom se os críticos se atrevessem a experimentar este relacionamento antes de tecerem suas conjeturas. Se assim fosse, certamente se lhes abriria um novo horizonte para suas proposições e, quem sabe, entenderiam que o sobrenatural não é uma brecha da lei natural, mas, sim, uma revelação da lei espiritual.


Notas:

1 O fundamentalismo foi um movimento surgido nos Estados Unidos durante e imediatamente após a 1ª Guerra Mundial, a fim de reafirmar o cristianismo protestante ortodoxo e defendê-lo contra os desafios da teologia liberal, da alta crítica alemã, do darwinismo e de outros pensamentos considerados danosos para o cristianismo.
2 Adoração à Bíblia.
3 Segundo a comparação clássica entre Deus e o fabricante de um relógio, Deus, no princípio, deu corda ao relógio do mundo de uma vez para sempre, de modo que ele agora continua com a história mundial sem a necessidade de envolvimento da parte de Deus.
4 O Iluminismo enfatizava a razão e a independência e promovia uma desconfiança acentuada da autoridade. A verdade deveria ser obtida por meio da razão, observação e experiência. O movimento foi dominado pelo anti-sobrenaturalismo e pelo pluralismo religioso.
5 ARCHER, Gleason L. Merece confiança o Antigo Testamento? Edições Vida Nova, p.54.
6 CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol 1. Candeia, p. 122.
7 GEISLER, Norman. Enciclopédia de Apologética. Editora Vida, p.113.
8 Ibid. p. 116.
9 MCDOWELL, Josh. Evidência que exige um veredicto. Vol 2. Editora Candeia, p.522.
10 Ibid., p.526.
11 Ibid., p.526.
12 Ibid., p.528.
13 Paul Tillich nasceu em 20 de agosto de 1886, em Starzeddel, na Prússia Oriental, perto de Guben. Foi um teólogo-filósofo e representante do existencialismo religioso.



segunda-feira, 24 de junho de 2013

Três segredos para uma renovação espiritual






Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Apocalipse 2. 5).






1. A radiografia espiritual que Cristo fez da igreja de Éfeso mostrou o seu verdadeiro estado espiritual.
Vejamos pelo menos seis virtudes que a igreja de Éfeso possuía:
Obras e labor- conheço as tuas obras e o teu trabalho.
Sofredora- uma igreja que sofria pela causa de Cristo.
Paciência e perseverança- Cristo disse que conhecia a paciência da igreja de Éfeso. A paciência é uma virtude que nos faz suportar com resignação a maldade, as injúrias, as importunações etc. A paciência fazia da igreja de Éfeso uma igreja cautelosa em meio as lutas e tribulações.
Dinamismo espiritual- trabalhava incansavelmente pelo nome do Senhor.
Ortodoxia- uma igreja que preservava a verdadeira doutrina
Apologista- a igreja de Éfeso defendia sua fé, não tolerava os homens maus, e colocava a prova os que se diziam apóstolos.
Cristo também revelou a falha daquela igreja, pois ela havia perdido o primeiro amor
"Tenho porem contra ti que deixastes a tua primeira amor".
Éfeso mesmo ostentando todas essas virtudes, havia falhado fatalmente, pois ela havia abandonado o primeiro amor.
As seis virtudes de Éfeso não foram capazes de torna-la inocente perante Jesus. O mesmo está acontecendo na atualidade onde muitas igrejas gigantes fazem grandes eventos, congressos e festas, mas que todavia estão desagradando seu Senhor porque perderam o primeiro amor.

2. Cristo também mostrou o remédio para a cura espiritual de Éfeso.
Cristo revelou três segredos para que Éfeso pudesse voltar ao seu primeiro estado espiritual.
“lembra-te pois de onde caíste”. 
Essa lembrança na verdade trata-se de uma retrospectiva espiritual, uma analise profunda de quem éramos antes da queda e de quem somos atualmente. Toda restauração espiritual se inicia quando o povo de Deus reflete profundamente acerca de sua vida espiritual.  Só conseguiremos diagnosticar o problema depois que fizermos uma radiografia espiritual das nossas vidas. Isso aconteceu com o jovem pródigo que depois de caído relembrou da casa, retornou ao eu lar, e foi recebido com festa.
“arrepende-te, pois”. 
A palavra arrependimento aqui vem de μετάνοια, remorso, arrependimento, conversão, lit. 'mudança de mente' Mt 3.8, 11; Mc 1.4; Lc 15.7; At 5.31; 20.21; 26.20; 2 Co 7.9s; Hb 6.1; 12.17.
Das sete igrejas apocalípticas cinco delas receberam a exortação e um chamado ao arrependimento.
Toda mudança de vida sempre é precedida por um arrependimento. E todo arrependimento tem que tocar profundamente em pelo menos três faculdades humanas: a) intelecto- nossa mente precisa ser mudada pela verdade (Rm: 12: 2) b) emoções- temos que nos entristecer e nos angustiar profundamente pelos pecados cometidos assim como Neemias se angustiou quando descobriu que Jerusalém estava destruída e seus muros destruidos. c) vontade- enfim nossa vontade precisa ser mudada totalmente. O desejo do crente deve está nas coisas espirituais. Paulo exortou os cristão de colossos à pensar nas coisas que são de cima (Cl: 3: 2)
“voltar a pratica das primeiras obras”. 
Uma igreja sem obras é uma igreja morta. A fé tem que produzir obras, pois fé sem obras é uma fé morta. Se Éfeso não retornasse a prática das primeiras obras ela perderia seu castiçal. Deus da mesma forma nos julga, e nos julgará futuramente: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. (1 Co 3: 13-14).

Conclusão: Como estão nossas obras, nossa vida, nosso amor para com Deus. Devemos sempre estar em vigilância para não cairmos nessa frieza espiritual que muitos estão vivendo (Mateus 24: 12).


Em Cristo,
Washington Araujo



























































































































































































































quarta-feira, 24 de abril de 2013

A polêmica bíblia Freestyle

Dias atrás li um artigo em um blog cristão sobre a mais nova bíblia que está surgindo no contexto cristão atual, a bíblia freestyle (veja o site) que em português significa “estilo livre”. Essa bíblia é um projeto do Pr. Oriovaldo Jr da igreja Manifesto de Uberlândia (MG). O pastor Oriovaldo Jr começou escrever por hobby, todavia percebeu que de alguma forma poderia ajudar certos grupos sociais com uma bíblia de linguagem bem contemporânea. Depois que li alguns capítulos da bíblia percebi que ela na verdade não era uma tradução e sim uma paráfrase das versões bíblicas tradicionais. Percebi também que a linguagem utilizada pelo autor é muito fútil e vulgariza totalmente a mensagem bíblica. Diante dessas aberrações e futilidades contidas na bíblia freestyle resolvi escrever esse artigo mostrando aos queridos leitores algumas grosseiras expressões dessa suposta versão bíblica.

Vejamos algumas aberrações da bíblia freestyle:

1) Resposta de Cristo ao ser interrogado pelos saduceus sobre a ressureição:“E o questionavam sobre a questão da ressurreição, pois diziam que isso não existia. Pois como poderia uma mulher que se casou com vários homens ser casada com algum deles depois que ressuscitarem no último dia? E Jesus respondeu: “Vocês tão forçando a amizade pra ver se eu concordo com a putaria né? Pois o erro de vocês é não conhecer nem a Bíblia e nem o poder de Deus”. Marcos 12.
Observe que ele usa a palavra putaria.
2) Sobre o perdão dos pecados do paralitico de cafarnaum:
“Os bunda-moles dos crentes que ali estavam já começaram a perturbar questionando que só Deus é que pode perdoar as dívidas dos homens”. Marcos 2
Chamando os fariseus de bunda- mole.
3) Outras expressões inconvenientes da bíblia freestyle:
Merda, pé no saco, putz, e ficou puto, Jesus o cara, cheiro de chifre, sacanagem, porcaria; trocam expressões sal da terra, por vodka e caipirinha.
Queria saber como eles vão parafrasear os versículos citados abaixo:
“Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem”. (Efésios 4.29)

“Não haja obscenidade nem conversas tolas nem gracejos imorais, que são inconvenientes, mas, ao invés disso, ação de graças”. (Efésios 5.4)


“Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar”. (Colossenses 3.8)



A bíblia freeestyle não está apenas contextualizando a palavra de Deus pra algumas classes sociais, ela vai além, pois banaliza a palavra de Deus. Só não entendo como alguns cristãos ainda defendem essa ideia.

Diante de tudo isso faço as minhas palavras a do Pr. Renato Vargens: “... os autores erraram e erraram feio.”

Graça e Paz

Washington Araujo






















terça-feira, 22 de janeiro de 2013

LOUVAI AO SENHOR (Salmo 100)





I) O que é louvar

No sentindo bíblico louvar é render ações de graças a Deus, adorar, agradecer, exaltar, bendizer, elogiar, enaltecer entre outras definições. O louvor é uma expressão de agradecimentos, honra e adoração a Deus não só pelo que ele fez, mas porque Ele é merecedor de toda honra e gloria para todo sempre. O louvor verdadeiro de um cristão deve se compatibilizar com as suas ações, ou seja, não devemos louvar a Deus apenas de palavras, mas também com obras e atitudes. (Mateus 15: 8). O louvor, oração e consagração devem andar juntos em nossas vidas (Rm: 12: 1, 2). Essa é a razão primordial pela qual o Salmista deseja estar na casa do Senhor: “pra aprender no seu santo templo e contemplar a formosura do Senhor” (Sl: 27: 3).

II) Como louvar
Com entendimento
“Pois Deus é o Rei de toda a terra, cantai louvores com inteligência”. (Sl: 47: 7)
Com reverencia
“Exaltai ao SENHOR nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, pois é santo”. (Sl: 99: 5) ver também (Sl: 99: 5; Is: 6: 2, 3; Ap: 4: 10, 11)
Com júbilo de alegria
 “Celebrai com júbilo a Deus, todas as terras” (Sl: 66: 1). Jubilar significa manifestar uma alegria viva e intensa, grande alegria, contentamento, entre outros significados.
Com novidade de vida 
“Cantarei uma nova canção a ti, ó Deus; tocarei para ti a lira de dez cordas”. (Sl: 144: 9). Que a nossa vida seja em novidade de Espírito em louvor a Deus (Rm: 6: 4b).
Com todo o coração 
“Eu te louvarei, SENHOR, com todo o meu coração; contarei todas as tuas maravilhas” (Sl: 9:1) “Louvai ao SENHOR. Louvarei ao SENHOR de todo o meu coração, na assembleia dos justos e na congregação” (Sl: 111: 1). Louvar a Deus de todo coração significa entregar a Ele um louvor perfeito, sem limites, restrição e sem reservas.
Com cânticos espirituais
“Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef: 5: 19). Acima de tudo nosso louvor a Deus deve ser espiritual, teocêntrico, onde Deus e louvado e não o homem.
III) Porque louvar
Porque ele é digno de toda honra e gloria para todo sempre.
Não há deus como o nosso Deus. O Deus a quem servimos é poderoso na batalha, forte na guerra, o grande arquiteto do universo e criador de todas as coisas, Ele, somente Ele é digno de todo louvor, honra e gloria para todo sempre (Sl: 24, 46, ; Mt: 6: 13b; Ap: 4: 10, 11).
Pelos seus atos poderosos de bondade e misericórdia para conosco, nos trazendo salvação e redenção e pela sua providencia tanto espiritual como fisico.
O salmo 103 revela com clareza todas as ações benéficas de Deus em favor do seu povo: *O cuidado de Deus para conosco é espiritual: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é o que perdoa todas as tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades, Que redime a tua vida da perdição; que te coroa de benignidade e de misericórdia”. (Sl: 103: 2- 4) So há salvação no Senhor (Jn: 2: 9), e o louvamos pela tão grande salvação que Ele trouxe a nós segunda a manifestação da sua graça; * cuidado material e físico: “Ele rega os montes desde as suas câmaras; a terra farta-se do fruto das suas obras. Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão, e o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem” (Sl: 104: 13- 15). Ver também (Sl: 91, 103, 107).
E finalmente louvemos a Deus porque Ele habita no meio dos louvores.
Deus se agrada do verdadeiro e perfeito louvor que brota de um coração preparado (Sl: 57: 7, 108: 1), eis a razão pela qual o salmista louva o seu santo e poderoso nome: “Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel” (Sl: 22: 3).

Conclusão: Que nossa vida possa estar sempre diante de Deus como uma real e genuína expressão de louvor a Ele. (Romanos 12: 1, 2).


Em Cristo,
Washington Araujo













Sete tipos de inteligência.


                                 






Durante grande parte dos séculos 19 e 20, acreditou-se que a inteligência era algo que podia ser facilmente medida, determinada e comparada através de testes, como o famoso teste de QI por exemplo, que dava a inteligência da pessoa em números. No entanto, com o tempo, o teste de QI foi caindo em descrédito pois pouco a pouco foi se notando que nem sempre as pessoas mais inteligentes e bem sucedidas obtiam os melhores resultados.
Os psicólogos e pesquisadores começaram a notar que havia alguns casos de pessoas que obtinham resultados mediocres nos testes de QI, mas que se davam bem na vida pois eram pessoas determinadas, disciplinadas, persistentes e carismáticas. Mas como pessoas consideradas “burras” pelo teste de QI poderiam ter tanto sucesso ?
A resposta é simples: existem vários tipos de inteligência !

Segundo Howard Gardner, psicólogo autor desta teoria, existem ao todo 7 tipos de inteligência e todas as pessoas tem um pouco das 7 combinados dentro de sí. No entanto cada pessoa tem um deles desenvolvido de modo mais forte e que se sobrepõe sobre os outros. 

Os 7 tipos de inteligência identificados no trabalho de Howard Gardner são:

Inteligência Linguística
As pessoas que possuem este tipo de inteligência tem grande facilidade de se expressar tanto oralmente quanto na forma escrita. Elas além de terem uma grande expressividade, também tem um alto grau de atenção e uma alta sensibilidade para entender pontos de vista alheios. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado esquerdo do cérebro é uma das inteligências mais comuns.
Inteligência Lógica
Pessoas com esse perfil de inteligência tem uma alta capacidade de memória e um grande talento para lidar com matemática e lógica em geral. Elas tem facilidade para encontrar solução de problemas complexos, tendo a capacidade de dividir estes problemas em problemas menores e ir os resolvendo até chegar a resposta final. São pessoas organizadas e disciplinadas. É uma inteligência fortemente relacionada ao lado direito do cérebro.
Inteligência Motora
Pessoas com este tipo de inteligência possuem um grande talento em expressão corporal e tem uma noção espantosa de espaço, distancia e profundidade. Tem um controle sobre o corpo maior que o normal, sendo capazes de realizar movimentos complexos, graciosos ou então fortes com enorme precisão e facilidade. É uma inteligência relacionada ao cerebelo que é a porção do cérebro que controla os movimentos voluntários do corpo. Presente em esportistas olímpicos e de alta performance. É um dos tipos de inteligência diretamente relacionado a coordenação e capacidade motora.
Inteligência Espacial
Pessoas com este perfil de inteligência, tem uma enorme facilidade para criar, imaginar e desenhar imagens 2D e 3D. Elas tem uma grande capacidade de criação em geral mas principalmente tem um enorme talento para a arte gráfica. Pessoas com este perfil de inteligência tem como principais características a criatividade e a sensibilidade, sendo capazes de imaginar, criar e enxergar coisas que quem não tem este tipo de inteligência desenvolvido, em geral, não consegue.
Inteligência Musical
É um dos tipo raros de inteligência. Pessoas com este perfil tem uma grande facilidade para escutar músicas ou sons em geral e identificar diferentes padrões e notas músicais. Eles conseguem ouvir e processar sons além do que a maioria das pessoas consegue, sendo capazes também de criar novas músicas e harmonias inéditas. Pessoas com este perfil é como se conseguissem “enxergar” através dos sons. Algumas pessoas tem esta inteligência tão evoluida que são capazes de aprender a tocar instrumentos musicais sozinhas. Assim como a inteligência espacial, este é um dos tipos de inteligência fortemente relacionados a criatividade.
Inteligência interpessoal
Inteligência interpessoal é um tipo de inteligência ligada a capacidade natural de liderança. Pessoas com este perfil de inteligência são extemamente ativas e em geral causam uma grande adimiração nas outras pessoas. São os lideres práticos, aqueles que chamam a responsabilidade para sí. Eles são calmos, diretos e tem uma enorme capacidade para convencer as pessoas a fazer tudo o que ele achar conveniente. São capazes também de identificar as qualidades das pessoas e extrair o melhor delas organizando equipes e coordenando trabalho em conjunto.
Inteligência Intrapessoal
É um tipo raro de inteligência, também relacionado a liderança. Quem desenvolve a inteligência interpessoal tem uma enorme facilidade em entender o que as pessoas pensam, sentem e desejam. Ao contrário dos lideres interpessoais que são ativos, os lideres intrapessoais são mais reservados, exercendo a liderança de um modo mais indireto, através do carisma e influenciando as pessoas através de idéias e não de ações. Entre os tipos de inteligência, este é considerado o mais raro.

Fonte: Sete tipos de inteligência