segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O HOMEM NO ESTADO DE PECADO (Por Louis Berkhof)
                 
I. A Origem do Pecado
O problema do mal que há no mundo sempre foi considerado um dos mais profundos problemas da filosofia e da teologia. É um problema que se impõe naturalmente à atenção do homem, visto que o poder do mal é forte e universal, é uma doença sempre presente na vida em todas as manifestações desta, e é matéria da experiência diária na vida de todos os homens. Os filósofos foram constrangidos a encarar o problema e a procurar uma resposta quanto à origem de todo mal, e particularmente do mal moral, que há no mundo. A alguns, pareceu uma parte de tal modo integrante da vida, que buscaram a solução na constituição natural das coisas. Outros, porém, estão convictos que o mal teve uma origem voluntária, isto é, que se originou na livre escolha do homem, quer na existência atual quer numa existência anterior. Estes acham-se bem mais perto da verdade revelada na Palavra de Deus.
A. Conceitos Históricos a Respeito da Origem do Pecado.
Os mais antigos “pais da igreja”, assim chamados, não falam muito definidamente da origem do pecado, conquanto a idéia de que se originou na voluntária transgressão e queda de Adão no paraíso já achasse nos escritos de Irineu. Kant o considerava como uma coisa pertencente à esfera super-racional, que ele confessava não ter condições de explicar. Barth fala da origem do pecado como o mistério da predestinação. De algum modo, o pecado do homem está ligado à sua condição de criatura. A narrativa do paraíso apenas transmite ao homem a prazerosa informação de que ele não tem por que ser necessariamente um pecador.
B. Dados Bíblicos a Respeito da Origem do Pecado.
Na Escritura, o mal moral existente no mundo transparece claramente como pecado, isto é, como transgressão da lei de Deus. Nela o homem sempre aparece como transgressor por natureza, e surge naturalmente a questão: Como adquiriu ele essa natureza? Que revela a Bíblia sobre esse ponto?
1. NÃO SE PODE CONSIDERAR DEUS COMO O SEU AUTOR. O decreto eterno de Deus evidentemente deu a certeza da entrada do pecado no mundo, mas não se pode interpretar isso de modo que faça de Deus a causa do pecado no sentido de ser Ele o seu autor responsável. Esta idéia é claramente excluída pela Escritura. “Longe de Deus o praticar ele a perversidade, e do Todo-poderoso o cometer injustiça”, Jó 34.10. Ele é o santo Deus, Is 6.3, e absolutamente não há falta de retidão nele, Dt 32.4; Sl 92.16. Ele não pode ser tentado pelo mal, e Ele próprio não tenta a ninguém, Tg 1.13. Quando criou o homem, criou-o bom e à Sua imagem. Ele positivamente odeia o pecado, Dt 25.16; Sl 5.4; 11.5; Zc 8.17; Lc 16.15, e em Cristo fez provisão para libertar do pecado o homem. À luz disso tudo, seria blasfemo falar de Deus como o autor do pecado. E por essa razão, todos os conceitos deterministas que representam o pecado como uma necessidade inerente à própria natureza das coisas devem ser rejeitados. Por implicação, eles fazem de Deus o autor do pecado e são contrários, não somente à Escritura, mas também à voz da consciência, que atesta a responsabilidade do homem.
2. O PECADO ORIGINOU-SE NO MUNDO ANGÉLICO. A Bíblia nos ensina que, na tentativa de investigar a origem do pecado, devemos retornar à queda do homem, na descrição de Gn 3 e fixar a tenção em algo que sucedeu no mundo angélico. Deus criou um grande número de anjos, e estes eram todos bons, quando saíram das mãos do seu Criador, Gn 1.31. Mas ocorreu uma queda no mundo angélico, queda na qual legiões de anjos se apartaram de Deus. A ocasião exata dessa queda não é indicada, mas em Jó 8.44 Jesus fala do diabo como assassino desde o princípio (kat’arches), e em 1 Jo 3.8 diz João que o diabo peca desde o princípio. A opinião é a de que a expressão kai’ arches significa desde o começo da história do homem. Muito pouco se diz sobre o pecado que ocasionou a queda dos anjos. Da exortação de Paulo a Timóteo, a que nenhum neófito fosse designado bispo, “para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo”, 1 Tm 3.6, podemos concluir que, com toda a probabilidade, foi o pecado do orgulho, de desejar ser como Deus em poder e autoridade. E esta idéia parece achar corroboração em Jd 6, onde se diz que os que caíram “não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicílio”. Não estavam contentes com a sua parte, com o governo e poder que lhes fora confiado. Se o desejo de serem semelhantes a Deus foi a tentação peculiar que sofreram, isto explica por que tentaram o homem nesse ponto particular.
3. A ORIGEM DO PECADO NA RAÇA HUMANA. Com respeito à origem do pecado na história da humanidade, a Bíblia ensina que ele teve início com a transgressão de Adão no paraíso e, portanto, com um ato perfeitamente voluntário da parte do homem. O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que, dada a solidariedade da raça humana, teria efeito, não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes. Como resultado da Queda, o pai da raça só pôde transmitir uma natureza depravada aos pósteros. Dessa fonte não santa o pecado flui numa corrente impura passando para todas as gerações de homens, corrompendo tudo e todos com que entra em contato. É exatamente esse estado de coisas que torna tão pertinente a pergunta de Jó: “Quem da imundícia poderá tirar cousa pura? Ninguém”, Jó 14.4. Mas ainda isso não é tudo. Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas também como chefe representativo de todos os seus descendentes; e, portanto, a culpa do seu pecado é posta na conta deles, pelo que todos são passíveis de punição e morte. É primariamente nesse sentido que o pecado de Adão é o pecado de todos. É o que Paulo ensina em Rm 5.12: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. As últimas palavras só podem significar que pecaram em Adão, e isso de modo que se tornaram sujeitos ao castigo e à morte. Não se trata do pecado considerado meramente como corrupção, mas como culpa que leva consigo o castigo. Deus adjudica a todos os homens a condição de pecadores culpados em Adão, exatamente como adjudica a todos os crentes a condição de justos em Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma: “pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos”, Rm 5.18, 19.

  



Fonte: Teologia sistemática de Louis Berkhof, pag, 212- 215
ARREBATAMENTO



UMA VERDADE QUE NÃO PODE SER ESQUECIDA!
"Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Salvador Jesus Cristo" (Tito:2: 13).
A volta de Cristo é a nossa bem aventurada esperança, portanto devemos desejar intesamente a sua vinda; quando o crente não deseja intensamente a volta de Cristo algo de errado deve está acontecendo, pois como disse o apóstolo Paulo " Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens". (I Co: 15:19)
O QUE É O ARREBATAMENTO?
A palavra arrebatamento significa literalmente “ser arrancado com força e violência”, esse termo é usado pra se referir ao dia que Jesus Cristo irá "raptar" a igreja da terra com poder e gloria.
Paulo é categórico ao nos falar desse maravilhoso acontecimento: ”Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com ele nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (I Ts: 4: 16 - 17).
Além de Paulo deixar bem claro a veracidade dessa profecia, também nos mostra três promessas somente nesses versículos:
. Os mortos em Cristo ressuscitarão.
. Nós os que ficarmos vivos seremos arrebatados.
. E estaremos sempre com o Senhor.

COMO SERÁ O ARREBATAMENTO?
Será repentino: num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; (I Co: 15: 52b); a expressão grega pra palavra "num momento" significa unidade de tempo indivisível, ou algo impossível de ser contado; assim também será a velocidade do arrebatamento.     Será inesperado: doutrinariamente sabemos que Cristo irá voltar por isso aguardamos a sua volta; entretanto quando eu falo que sua volta será inesperada falo pelo fato de não sabermos o dia exato desse acontecimento. (Mt: 24: 36 - 44).
Será glorioso: porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade (I Co: 15: 53).

O ARREBATAMENTO É A CONSUMAÇÃO DA VITÓRIA DA IGREJA SOBRE:
O pecado: quando Paulo pergunta: “onde está ó morte o teu aguilhão?” ele está dizendo que o aguilhão da morte que é o pecado não tem mas "poder" sobre a igreja de Cristo agora glorificada (I Co: 15: 53; Ap: 21: 4)). 
A morte: E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. (I Co: 15:54; Ap: 21: 4)  
O inferno:  Onde está, ó inferno, a tua vitória? (I Co 15:55b; Mt: 16: 18)
O diabo: O acusador jamais poderá nos acusar (Ap: 12: 10; Mt: 16: 18).

CERTEZAS DO ARREBATAMENTO
Pedro na sua segunda carta fala-nos acerca de escarnecedores que surgiria no final dos tempos ridicularizando a promessa profética da vinda do Senhor (2Pe: 3: 3 - 4).
Nos dias de hoje não é diferente, para muitos a gloriosa vinda de Cristo não passa de uma hipótese teológica, mas na bíblia nós encontramos todos os fundamentos que solidificam a verdade acerca da volta de Cristo.
. O próprio Cristo disse que vai voltar (Jo: 14:1- 3);
. O Espírito Santo é uma prova bíblica de que Cristo voltará, pois ele é o nosso penhor (Ef: 1:13 -14);
. Os apóstolos pregaram acerca da vinda de Cristo (I Tss: 4:16 -17; 2Pe: 3:10).

PROMESSAS PARA OS ARREBATADOS
. Novo corpo (I Co: 15: 52- 54);
. Novas vestes (Ap: 3: 5);
. Novo nome (Ap: 2: 17b);
. Uma coroa incorruptível (I Co: 9: 25);
. Isenção de todos os males (Ap: 2: 11; 21: 4 - 5; 22 :3);
. Uma cidade gloriosa (Jo: 14: 1-3; Hb: 11: 10; Ap: 21: 3);
. Uma herança da parte de Deus (Cl: 1: 12; Ap: 21: 7);

Cristo é a nossa Esperança (Jo: 14: 1-3; Tt: 2: 13).
E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida. (Ap: 22: 17)

Ora vem Senhor Jesus! Amém!



Washington Araújo

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


A GLORIOSA ORAÇÃO DO PAI NOSSO
(Mateus: 6: 9- 13)


“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
O pão nosso de cada dia nos dá hoje;
E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. (Mt: 6: 9- 13).

PORTANTO VÓS ORAREIS ASSIM.
Nesta oração Cristo deixa claro como devemos nos dirigir a Deus. Esta oração contem seis petições; três se referindo a Deus e sua vontade; e três se referindo a nós e nossas necessidades. O fato de Cristo ensinar essa oração aos discípulos não significa que devemos repetir tão somente essas mesmas palavras que ele proferiu, mas que devemos ser sábios em nossas petições e orações, ao contrario dos religiosos de sua época (Lc: 18: 9- 14). Esta oração também é breve, mas não significa que devemos orar pouco, pois Cristo é exemplo de quem passava noites inteiras orando. Alem do mais essa oração ensinada por Cristo Jesus nos ensina algumas verdades fundamentais do reino de Deus.
SETE VERDADES SOBRE A ORAÇÃO DO PAI NOSSO

PRIMEIRA VERDADE
Nossa identidade paternal. Todo cristão tem uma identidade paternal. Nós somos filhos de Deus; a expressão “pai nosso que estás nos céus” revela a nossa identidade de filhos Deus. Somo filhos de Deus por adoção. Antes éramos filhos da ira, mas mediante a morte e ressurreição de Cristo alcançamos a graça de sermos feitos filhos de Deus por adoção. Deus não é um pai terreno, mas um pai celestial, ele tem toda autonomia sobre nós que somos seus filhos, as benção dele em nossas vidas são condicionais; para sermos abençoados devemos obedecer e praticar a sua palavra.

SEGUNDA VERDADE
Deus é o centro da nossa adoração. “Santificado seja o teu nome”.Isso fala da adoração que devemos entregar a Deus; nossa adoração deve ser Teocêntrica e não antropocêntrica; Deus é quem deve ser adorado e não o homem! Deus é soberano e  não existe outro nome mais precioso que o nome do nosso Deus; ele deve ser ovacionado por nós que somos povo seu. O salmista canta ao Senhor dizendo: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!” (Sl: 8: 9). Nossa adoração deve ter como centro o Deus todo poderoso, pois o salmista diz: “Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.” (Sl: 100: 3).

TERCEIRA VERDADE
A prioridade de Deus. Deus tem uma prioridade. A prioridade de Deus é mostrada nessas expressões “Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. A igreja deve orar pela expansão do Reino de Deus na terra; É dever de cada cristão levar o reino de Deus aos corações das pessoas. Cristo antes de subir aos céus nos deu a ordem de pregarmos a sua palavra em todos os lugares começando por Jerusalém; essa foi uma das razões pela qual ele nos deu seu Espirito, para sermos suas testemunhas aqui na terra. (At: 1: 8).

QUARTA VERDADE
A provisão de Deus. “O pão nosso de cada dia nos dá hoje”. Cristo nos ensina aqui, que Deus nos dará o suficiente para vivermos! O Deus que servimos prover o necessário para nossa existencia. Ele não quer que estejamos preocupados com o que haveremos de vestir, comer e beber, pois quem anda preocupado com todas essas coisas sãos os gentios. Mas nós que temos Deus por pai, devemos ter paz em nós mesmos, pois ele é fiel pra providenciar tudo aquilo que necessitamos para nossa sobrevivencia aqui na terra. Deus não nos prometeu riquezas, e sim o necessario e o suficiente para vivermos. Quando o povo de Israel saiu do Egito todas as manhãs eles buscavam o maná, mas eles buscavam somente o suficiente para aquele dia, pois o Deus que eles serviam sabia de todas as necessidades daquele povo, e tinha poder o bastante para sutenta-los naquele deserto desabitado. Assim também na oração do pai nosso Cristo nos ensina a pedirmos o “pão de cada dia”, ou seja o que necessitamos cotidianamente. Não precisamos ficar preocupados com coisas fúteis, mas devemos buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça e as coisas que necessitamos no dia a dia Deus nos acrescentará . Cristo Jesus diz em seu sermão:Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram. De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” (Mt: 6: 33-). Observe bem que Cristo não está dizendo que nos dará tudo, mas sim o suficiente; e esse suficiente não deve ser razão de preocupação pra nos outros, pois ele sabe muito bem do que necessitamos antes mesmo de pedirmos, mas o que devemos fazer antes de tudo é buscar o reino de Deus e estas coisas ele nos acresecentará. Observe que Paulo diz em Romanos cap. 14v 17: Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”, ou seja o reino de Deus é espiritual; portanto quando Cristo afirma:Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” é o mesmo que dizer: buscai primeiros as coisas espirituais e estas coisas (coisas necessárias, como: comida, bebida e vestimentas...etc.) serão acrescentadas em nossas vidas!

QUINTA VERDADE
O caminho do perdão é saber perdoar os outros. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”. Como receberemos o perdão de Deus se não perdoamos o nosso próximo? Mas o que é perdoar? Segundo o dicionário Aurélio perdoar significa: “Remissão de uma falta ou ofensa”. Também podemos dizer que perdoar é oferecer amor quando não há razão para amar. Nesse texto Jesus Cristo deixa claro que o caminho para o perdão é sabermos perdoar aqueles que estão em falta conosco. Só receberemos perdão de Deus quando aprendermos a perdoar nosso próximo. Foi Jesus Cristo quem disse: “Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt: 6: 15).

SEXTA VERDADE
Deus, o nosso salvador e protetor. E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal”. Deus sempre tem o melhor para nossas vidas; a interpretação ideal para essa expressão de Jesus seria: “e nãos nos deixe cair em tentação”; porque Deus não tenta ninguém. Como disse nosso irmão Tiago: “meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações e bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam” (Tg 1:12). A palavra “tentação” pode ser entendida também no sentido de provação; Deus ele nós prova, entretanto essa provação é conforme as nossas forças. Paulo disse aos irmãos de Corinto: “não vos sobreveio tentação (provação) que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados (provados) além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13). Deus nãos nos tenta no sentido de nos levar ao mal; pelo contrario ele nos tenta no sentido nos provar; porque depois de aprovados seremos por ele glorificados (Tg: 1: 12).
 Em contrapartida, Deus está sempre nos livrando do mal. O salmista diz:Mil poderão cair ao teu lado, e dez mil à tua direita; mas tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio, e do Altíssimo a tua habitação, nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.” (Sl 91:7-11).


SÉTIMA VERDADE
A soberania de Deus. “porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.” 
Muitos buscam poder, honra e glória; por toda a história encontramos exemplos de homens que construíram reinos para si e buscaram honra, glória e poder; eles se faziam a si mesmos deuses, procuravam ser adorados como deuses, entretanto Cristo deixa claro que essas três propriedades pertencem única e exclusivamente ao nosso Deus Todo- Poderoso. A oração do Pai nosso termina mostrando o quanto Deus é soberano; em Apocalipse lemos: “E ouvi toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.”(Ap 5:13). 
Por mais que os homens não reconheçam a soberania de Deus chegará um dia onde todos se dobrarão perante ele e o confessarão como Rei dos reis Senhor de todos os senhores:
“Por mim mesmo tenho jurado, já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás; que diante de mim se dobrará todo o joelho, e por mim jurará toda a língua.” (Is: 45: 23); "Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim, E toda a língua confessará a Deus.” (Rm: 14:11); “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra.” (Fp: 2: 10).
Amém 


Washington Araújo 
















terça-feira, 29 de novembro de 2011

                        UM CHAMADO A ANGUSTIA                       
       (Por David Wilkerson)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

       





VIDA EM CRISTO!
                            (Por C. H. Spurgeon)

Há vida em Cristo Jesus, pois Ele diz: "mas não quereis vir a mim para terdes vida". Não há vida em Deus pai para o pecador; não há vida em Deus Espírito para o pecador longe de Jesus. A vida do pecador está em Cristo. Se vocês tomarem o Pai a parte do Filho, apesar de amar Seus eleitos e decretar que eles viverão, no entanto, a vida só está em seu Filho. Se tomarem Deus Espírito a parte de Jesus Cristo, apesar de ser o Espírito que nos dá vida, espiritual, contudo a vida está em Cristo, a vida esta no Filho. Não nos atrevemos, não podemos requerer vida espiritual em primeiro lugar, nem de Deus Pai, ou de Deus Espírito Santo. A primeira coisa que somos levados a fazer quando Deus nos tira do Egito e comer a Páscoa - a primeiríssima coisa.
Os primeiros meios pelos quais recebemos vida consiste em nos alimentar da carne e do sangue do Filho de Deus: vivendo nEle, confiando nEle, acreditando na Sua graça e poder.
O pensamento que estamos desenvolvendo é: há vida em Cristo Jesus. Quero mostrar-lhes que há três tipos de vida em Cristo, assim como há três tipos de morte em conseqüência do pecado.


            
  Charles haddon Spurgeon


Fonte: Livre arbítrio: um escravo





JESUS CRISTO, NOSSO SALVADOR! (JO: 3: 16)

 “Mas este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus (Hb: 10: 12, leia também Hb: 9: 14; 9: 26; Ef:5: 2). Através dos sacrifícios de animais inocentes que os sacerdotes ofereciam no altar eles se chegavam a Deus. A verdade é que os sacrifícios tinham vários propósitos; entre eles eu cito:
1.Penalidade pelo pecado 
o cordeiro morto (sacrificado) representava o preço pelos pecados dos judeus; e olha o que Paulo escreveu: “Aquele que não poupou ao Seu próprio Filho, antes, por todos nós O entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" (Rm: 8: 32). A biblia chama Cristo de “O Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.   
2.Expiação pelo pecado
 essa expiação era feita anualmente em Israel isso prefigurava a obra expiatória de Cristo, e foi por isso que João escreveu dizendo: “E ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”(Jo: 2: 2).
3.Remissão de pecados
 “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão (Hb: 9: 22) agora que sangue a não ser o de Cristo tem o poder de nos redimir do poder do pecado? somente o sangue de Jesus Cristo! Por isso está escrito: “Em quem (Jesus) temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça” (Ef: 1: 7).


Conclusão: Jesus Cristo foi oferecido por nós, para nos redimir de todo pecado, e isso mostra o seu maravilhoso amor por nós, que em si proprio nos tirou das trevas trazendo-nos para sua maravilhosa luz...por isso a biblia chama Ele de “O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo: 1: 29).




SHALON ADONAY



Washington Araújo
O VERDADEIRO ARREPENDIMENTO
(Por C. H. Spurgeon)






“Olharão para aquele a quem traspassaram” (Zacarias 12.10).

O quebrantamento santo que faz um homem lamentar o seu pecado surge de uma operação divina. O homem caído não pode renovar seu próprio coração. O diamante pode mudar seu próprio estado para tornar-se maleável, ou o granito amolecer a si mesmo, transformando-se em argila? Somente aquele que estendeu os céus e lançou os fundamentos da terra pode formar e reformar o espírito do homem. O poder de fazer que da rocha de nossa natureza fluam rios de arrependimento não está na própria rocha. O poder jaz no onipotente Espírito de Deus... Quando Deus lida com a mente do homem, por meio de suas operações secretas e misteriosas, Ele a enche com uma nova vida, percepção e emoção. “Deus... me fez desmaiar o coração” (Jó 23.16), disse Jó. E, no melhor sentido, isso é verdade. O Espírito Santo nos torna maleáveis e nos tornamos receptíveis às suas impressões sagradas... Agora, quero abordar o âmago e a essência de nosso assunto.

O enternecimento do coração e o lamento pelo pecado são produzidos por olharmos, pela fé, para o Filho de Deus traspassado. A verdadeira tristeza pelo pecado não acontece sem o Espírito de Deus. Mas o Espírito de Deus não realiza essa tristeza sem levar-nos a olhar para Jesus crucificado. Não há verdadeiro lamento pelo pecado enquanto não vemos a Cristo... Ó alma, quando você chega a contemplar Aquele para quem todos deveriam olhar, Aquele que foi traspassado, então seus olhos começam a lamentar aquilo pelo que todos deveriam chorar — o pecado que imolou o seu Salvador!Não há arrependimento salvífico sem a contemplação da cruz... O arrependimento evangélico é o único arrependimento aceitável. E a essência desse arrependimento é olhar para Aquele que foi moído pelos pecados... Observe isto: quando o Espírito Santo realmente opera, Ele leva a alma a olhar para Cristo. Nunca uma pessoa recebeu o Espírito de Deus para a salvação, sem que tenha recebido dEle o olhar para Cristo e o lamentar por seus pecados.

A fé e o arrependimento são gerados e prosperam juntos. Ninguém deve separar o que Deus uniu! Ninguém pode arrepender-se do pecado sem crer em Jesus, nem crer em Jesus sem arrepender-se do pecado. Olhe, então, com amor para Aquele que derramou seu sangue, na cruz, por você. Por meio desse olhar, você obterá perdão e quebrantamento. Quão admirável é o fato de que todos os nossos males podem ser curados por um único remédio: “Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra” (Is 45.22). Contudo, ninguém olhará para Cristo sem que o Espírito de Deus o incline a fazer isso. Ele não conduz uma pessoa à salvação, se ela não se rende às suas influências e não volve seu olhar para Jesus...

O olhar que nos abençoa, produzindo quebrantamento de coração, é o olhar para Jesus como Aquele que foi traspassado. Quero me demorar nisso por um momento. Não é somente o olhar para Jesus como Deus que afeta o coração, mas também olhar para este mesmo Senhor e Deus como Aquele que foi crucificado por nós. Vemos o Senhor traspassado, e, em seguida, inicia-se o traspassamento de nosso coração. Quando o Espírito Santo nos revela Jesus, os nossos pecados também começam a ser expostos...

Venham, almas queridas, vamos juntos à cruz, por um pouco, e notemos quem era Aquele que recebeu a lançada do soldado romano. Olhe para o seu lado e observe aquela terrível ferida que atingiu seu coração e desencadeou um duplo fluxo de sangue. O centurião disse: “Verdadeiramente este era Filho de Deus” (Mt 27.54). Aquele que, por natureza, é Deus e governa sobre tudo, sem o Qual “nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3), tomou sobre Si mesmo nossa natureza e se tornou homem, como nós, mas não tinha qualquer mácula de pecado. E, vivendo em forma humana, foi obediente até à morte, morte de cruz. Foi Ele quem morreu! Ele, o único que possui a imortalidade, condescendeu em morrer! Ele, que era toda a glória e poder, sim, Ele morreu! Ele, que era toda a ternura e graça, sim, Ele morreu! Infinita bondade esteve pendurada na cruz! Beleza indescritível foi traspassada com uma lança! Essa tragédia excede todas as outras! Por mais perversa que tenha sido a ingratidão do homem em outros casos, a sua mais perversa ingratidão se expressou no caso de Jesus! Por mais horrível que tenha sido o ódio do homem contra a virtude, o seu ódio mais cruel foi manifestado contra Jesus! No caso de Jesus, o inferno superou todas as suas vilezas anteriores, clamando: “Este é o herdeiro; ora, vamos, matemo-lo” (Mt 21.38).

Deus habitou entre nós, e os homens não O aceitaram. Visto que o homem foi capaz de traspassar e matar o seu Deus, ele cometeu um pecado horrível. O homem matou o Senhor Jesus Cristo e O traspassou com uma lança! Nesse ato, o homem mostrou o que fariam com o próprio Eterno, se pudesse chegar até Ele. O homem é, no coração, assassino de Deus. Ele se alegria se Deus não existisse. Ele diz em seu coração: “Não há Deus” (Sl 14.1). Se a sua mão pudesse ir tão longe quanto o seu coração, Deus não existiria nem mesmo por mais uma hora. Isto dá ao traspassamento de nosso Senhor uma forte intensidade de pecado: foi o traspassamento de Deus.

Por quê? Por que razão o bom Deus foi assim perseguido? Oh! pelo amor de nosso Senhor Jesus Cristo, pela glória de sua Pessoa, pela perfeição de seu caráter, eu lhe peço — admire-se e envergonhe-se de que Ele foi traspassado! Não foi uma morte comum. Aquele assassinato não foi um crime comum. Ó homem, Aquele que foi traspassado com a lança era o seu Deus! Na cruz, contemple o seu Criador, o seu Benfeitor, o seu melhor Amigo!

Olhe firmemente para Aquele que foi traspassado e observe o Sofredor que é descrito na palavra “traspassado”. Nosso Senhor sofreu severa e terrivelmente. Não posso, em uma mensagem, descrever a história de seus sofrimentos — as tristezas de sua vida de pobreza e perseguição; as angústias do Getsêmani e do suor de sangue; as tristezas de seu abandono, traição e negação; as tristezas no palácio de Pilatos; os golpes de chicotes, o cuspe e o escárnio; as tristezas da cruz, com sua desonra e agonia... Nosso Senhor foi feito maldição por nós. A penalidade do pecado ou o que lhe era equivalente, Ele a suportou, “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1 Pe 2.24). “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53.5).

Irmãos, os sofrimentos de Jesus devem amolecer nosso coração! Nesta manhã, lamento o fato de que não me entristeço como deveria. Acuso a mim mesmo daquele endurecimento de coração que eu condeno, visto que posso contar-lhes essa história sem enternecimento de coração. Os sofrimentos de meu Senhor são indescritíveis. Examinem e verifiquem se já houve tristeza semelhante à de Jesus! A sua tristeza foi abismal e insondável... Se você considerar firmemente a Jesus traspassado por nossos pecados e tudo que isso significa, seu coração se dilatará! Mais cedo ou mais tarde, a cruz desenvolverá todo sentimento que você será capaz de produzir e lhe dará capacidade para mais. Quando o Espírito Santo põe a cruz no coração, o coração se dissolve em ternura... A dureza de coração desaparece quando, com profundo temor, contemplamos a Jesus sendo morto.

Devemos também observar quem foram os que traspassaram a Jesus. “Olharão para aquele a quem traspassaram.” Ambos os verbos se referem às mesmas pessoas. Nós matamos o Salvador, nós que olhamos para Ele e vivemos... No caso do Salvador, o pecado foi a causa de sua morte. O pecado O traspassou. O pecado de quem? Não foi o pecado dEle mesmo, pois Ele não tinha pecado, e nenhum engano se achou em seus lábios. Pilatos disse: “Não vejo neste homem crime algum” (Lc 23.4). Irmãos, o Messias foi morto, mas não por causa dEle mesmo. Nossos pecados mataram o Salvador. Ele sofreu porque não havia outra maneira de vindicar a justiça de Deus e de prover-nos um escape da condenação. A espada, que deveria cair sobre nós, foi despertada contra o Pastor do Senhor, contra o Homem que era o Companheiro de Jeová (Zc 13.7)... Se isso não quebranta nem amolece nosso coração, observemos por que Ele foi levado a uma posição em que poderia ser traspassado por nossos pecados. Foi o amor, poderoso amor, nada mais do que o amor, que O levou até à cruz. Nenhuma outra acusação Lhe pode ser atribuída, exceto esta: Ele era culpado de amor excessivo. Ele se colocou no caminho do traspassamento, porque resolvera salvar-nos... Ouviremos isso, pensaremos nisso, consideraremos isso e permaneceremos apáticos? Somos piores do que os brutos? Tudo que é humano abandonou a nossa humanidade? Se Deus, o Espírito Santo, está agindo agora, uma contemplação de Cristo derreterá o nosso coração de pedra...

Quero dizer-lhes ainda, ó amados: quanto mais olharmos para Jesus crucificado, tanto mais lamentaremos o nosso pecado. A reflexão crescente produzirá sensibilidade crescente. Desejo que olhem muito para Aquele que foi traspassado, para que odeiem cada vez mais o pecado. Livros que expõem a paixão de nosso Senhor e hinos que cantam a sua cruz sempre foram bastante queridos pelos crentes piedosos, por causa de sua influência sobre o coração e a consciência deles. Vivam no Calvário, amados, até que viver e amar se tornem a mesma coisa. Diria também: olhem para Aquele que foi traspassado, até que o coração de vocês seja traspassado.

Um antigo teólogo dizia: “Olhe para a cruz, até que tudo que está na cruz esteja em seu coração”. E acrescentou: “Olhe para Jesus, até que Ele olhe para você”. Olhem com firmeza para o sua Pessoa sofredora, até que Ele pareça estar volvendo sua cabeça e olhando para você, assim como o fez com Pedro, que saiu e chorou amargamente. Olhe para Jesus, até que você veja a si mesmo. Lamente por Ele, até que lamente por seu próprio pecado... Ele sofreu em lugar, em favor e em benefício de homens culpados. Isso é o evangelho. Não importa o que os outros preguem, “nós pregamos a Cristo crucificado” (1 Co 1.23). Sempre levaremos a cruz na vanguarda. A essência do evangelho é Cristo como substituto do pecador. Não evitamos falar sobre a doutrina do Segundo Advento, mas, antes e acima de tudo, pregamos Aquele que foi traspassado. Isso levará ao arrependimento evangélico, quando o Espírito de graça for derramado.






Fonte: Charles haddon spurgeon

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

DIA 30 DE OUTUBRO FESTA DE JOVENS NA CONGREGAÇÃO BETESDA - IMPERATRIZ/ MA



TEMA: PROFETIZANDO VIDA NO VALE DE OSSOS SECOS! (EZEQUIEL 37. 1- 10)




PRELETOR. WASHINGTON ARAÚJO.                                      
VENHA E SEJA IMPACTADO PELO PODER DE DEUS!





terça-feira, 11 de outubro de 2011

EU LEIO E DIVULGO A REVISTA PROCLAMAI. SEJA VOCÊ TAMBÉM UM LEITOR DESSA MAIS NOVA REVISTA TEOLÓGICA. ANUNCIANDO A PALAVRA DE DEUS COMO ELA É.



Mansuêto Franco, editor responsável da Revista Proclamai.
Jesus ama você e te quer ver um adulto espiritual. Seja um colaborador da Revista Proclamai. 



MAIS ERROS DE INTEPRETAÇÕES DA BÍBLIA

OSÉIAS 6.6: 
Misericórdia quero, e não sacrifício.
Interpretação popular:
A palavra "sacrifício", neste texto, tem sido interpretada como esforço. Lamentavelmente, muitos crentes têm usado este versículo para se safar de algum trabalho na igreja, que eles sentem que vai requerer-lhes um grande esforço pessoal: "Deus não quer sacrifício", dizem eles.
Considerações:
a) Os sacrifícios citados neste texto referiam-se a oferenda de animais no templo, conforme prescrito na lei de Moisés. Não tem nada a ver com a idéia de esforço.
b) Nesta declaração Deus não estava acabando com os sacrifícios (isso só viria a acontecer quando da morte de Jesus, o sacrifício perfeito, definitivo, que Deus aceitou).
c) Neste versículo Deus estava dizendo para o povo que não adiantava ficar oferecendo um monte de sacrifícios no templo e, ao mesmo tempo, estar vivendo em pecado e deixando de usar de misericórdia para com os necessitados, os órfãos e as viúvas.
d) O esforço pessoal é amplamente ensinado nas Escrituras. Se o cristão não se esforçar ao máximo, pouco ou nada conseguirá em sua carreira. Leia estes versículos: Marcos 12.30, Lucas 14.23, Lucas 16.16, Romanos 2.6, Romanos 4.4, I Coríntios 3.10-15, I Coríntios 9.27, Tito 3.8, Hebreus 10.24, Hebreus 11.34, Tiago 2.17, II João 1.8, Apocalipse 22.12.
Interpretação correta:
Deus não estava acabando com os sacrifícios no templo, mas, sim, lembrando ao povo que todo aquele ritualismo era completamente vazio e sem significado se não viesse acompanhado de uma vida piedosa e de atos de misericórdia para com os desfavorecidos.
Quanto ao esforço pessoal, a Bíblia é clara: o crente tem que se esforçar, e muito. Até o ponto de fazer, não um, mas diversos "sacrifícios" pessoais para colocar o reino de Deus em primeiro lugar em sua vida.
MATEUS 16.18: 
... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Interpretação popular:
O inferno vai atacar a Igreja, mas, não prevalecerá contra ela.
Considerações:
Antigamente, nas cidades fortificadas, as portas eram importante item de defesa."Prevalecer contra uma porta" era uma expressão usada para dizer que as portas foram derrubadas e a cidade foi invadida.
Interpretação correta:
Logo, nesta declaração, Jesus não estava dizendo que a Igreja seria atacada pelo inferno. Ao contrário, Ele estava dizendo que a Igreja atacaria o inferno e derrubaria as suas portas.
MATEUS 18.20: 
Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.
Interpretação popular (há duas, para este versículo):a) Onde estiverem dois ou três reunidos em nome de Jesus, ali há uma igreja.
b) Onde estiverem dois ou três reunidos em nome de Jesus, Ele promete estar presente.
Considerações:
a) Duas ou três pessoas reunidas em nome de Jesus não constituem, necessariamente, uma igreja.
b) Jesus se faz presente com qualquer número de pessoas, nem que seja apenas uma (Mateus 6.6).
Interpretação correta:
Em Mateus 18.15-20 Jesus tão somente está nos ensinando como devemos executar a disciplina eclesiástica. As duas ou três pessoas de que fala o texto são as testemunhas que Ele exige para a validação de um caso disciplinar (citadas no versículo 16).
O que Jesus está dizendo é mais ou menos o seguinte: "Se vocês praticarem a disciplina eclesiástica do jeito que eu estou ensinando, com duas ou três testemunhas verdadeiras, eu estarei aprovando o processo disciplinar de vocês e tudo quanto vocês ligarem na terra será ligado no céu; e tudo quanto vocês desligarem na terra será desligado no céu.
ATOS 16.31: 
Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.
Interpretação popular:
Este texto é interpretado como uma promessa aos que crêem em Jesus: "Tu e a tua casa serão salvos".
Considerações:
Observe que há uma vírgula antes de "tu e a tua casa". O jeito mais fácil de ler corretamente esta frase é invertendo sua grafia (segundo as regras gramaticais): "Responderam eles: Tu e a tua casa, crê no Senhor Jesus e serás salvo".  
Interpretação correta:
Logo, não se trata de uma promessa, mas, sim, de uma orientação: "Se você e seus familiares crerem em Jesus, serão salvos". 
I CORÍNTIOS 1.12: 
Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo.
Interpretação popular: 
Dentre aqueles irmãos de Coríntios, somente os últimos eram espirituais, pois, somente eles diziam "eu sou de Cristo".
Considerações:
O apóstolo Paulo estava repreendendo TODOS os irmãos de Coríntios, pois, a igreja estava dividida quanto à liderança (uns sujeitavam-se à Paulo; outros, à Apolo; outros, à Cefas), porém, estes últimos (aqueles que diziam "eu sou de Cristo") estavam dizendo: "Nós não nos sujeitamos a nenhuma liderança espiritual humana. Somos de Cristo".
Interpretação correta:
Dentre aqueles irmãos de Coríntios, estes últimos (aqueles que diziam "eu sou de Cristo") eram os mais carnais de todos, pois, rejeitavam os líderes espirituais da igreja, comissionados pelo próprio Senhor Jesus (Efésios 4.11).
II CORÍNTIOS 6.14: 
Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis.
Interpretação popular:Um crente não deve se casar com pessoa não crente.
Considerações:
II Coríntios 6.14-18 não fala somente de casamento ("Que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?").
Interpretação correta:
A Bíblia proíbe todo e qualquer tipo de sociedade entre fiéis e infiéis (casamento, empresas e negócios, filiação em sociedades secretas ou reservadas, etc.).
II CORÍNTIOS 9.7: 
Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
Interpretação popular:
Cada um deve contribuir segundo propõe no seu coração (em outras palavras, ninguém está obrigado a dar 10% dos seus ganhos para a sua igreja; dá quanto quer).
Considerações:
O Capítulo 9 de II Coríntios não está falando de dízimos, mas, sim de uma oferta voluntária que o apóstolo Paulo levantou para socorrer os irmãos de Jerusalém.
Interpretação correta:
Cada um deve contribuir segundo propôs em seu coração QUANDO SE TRATAR DE OFERTA VOLUNTÁRIA.
Este versículo não tem nada a ver com a questão dos dízimos.
EFÉSIOS 4.1-2: 
Rogo-vos... que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados... suportando-vos uns aos outros em amor.
Interpretação popular:
O cristão tem o dever de suportar os seus irmãos de fé.
Considerações:
Nesta interpretação, o verbo suportar tornar-se sinômino de "tolerar", "aguentar", mas, na verdade, o significado bíblico é outro: SUPORTAR É DAR SUPORTE.
Interpretação correta:
Devemos dar suporte aos nossos irmãos (isto é, ajudá-los em suas aflições e em seu crescimento espiritual).
FILIPENSES 4.13: 
Tudo posso naquele que me fortalece.
Interpretação popular:Tudo posso TER, COMPRAR, FAZER, etc., naquele que me fortalece.
Considerações:
Nos versículos anteriores, o apóstolo Paulo afirma: "Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Sei estar abatido ou a ter abundância, ter fartura ou a ter fome".
Interpretação correta:Tudo posso SUPORTAR naquele que me fortalece. 
I PEDRO 3.3: 
O vosso adorno não seja o enfeite exterior, como as tranças dos cabelos, o uso de jóias de ouro, ou o luxo dos vestidos.
Interpretação popular:
As mulheres não devem usar enfeites, tranças, jóias de ouro e vestidos luxuosos.
Considerações:
a) I Pedro 3.1-6 está ensinando como as esposas de maridos não crentes devem proceder para ganhar o companheiro para Jesus. Se este texto estivesse proibindo alguma coisa, estas "proibições" não se aplicariam às solteiras nem às esposas de marido crente.
b) Estas mulheres eram esposas de escravos (I Pedro 2.18). Eles foram desterrados (I Pedro 1.1). E, estavam passando por várias provações de ordem social e financeira (I Pedro 1.6). Se este texto estivesse proibindo alguma coisa seria um dos maiores absurdos que o apóstolo Pedro teria escrito em sua vida, pois, mulher de escravo não tem enfeites nem jóias de ouro, não vai ao salão arrumar o cabelo, nem tem vestidos luxuosos.
Interpretação correta:
O apóstolo Pedro não estava proibindo nada (pois, aquelas pessoas não tinham nada). Ele estava, sim, CONFORTANDO aquelas esposas de escravos que não tinham dinheiro para se arrumar, dizendo-lhes que o mais importante, aquilo que realmente ganha as pessoas para Cristo é: "O íntimo do coração, um espírito manso e tranquilo...porque assim se adornavam antigamente também as santas mulheres que esperavam em Deus".   
                                         

Pr. Erick Santos