terça-feira, 11 de outubro de 2011


IGREJA - PERSEGUIDA, MAS NÃO DESTRUÍDA!

As perseguições sempre alcançaram a Igreja de Cristo.
Essas perseguições foram registradas pelos historiadores da Igreja. Um desses historiadores por nome A. J. O’ Reilly escreveu: As casas dos cristãos eram deixadas em ruínas; seus bens, pilhados. Seus corpos caiam nas mãos dos ferozes lictores, que os dilaceravam como bestas selvagens, e arrastavam as matronas pelos cabelos através das ruas, insensíveis ás súplicas por clemência, viesse dos idosos ou daqueles de tenra idade.” Mesmo com tantas perseguições a Igreja não parava de crescer, pois como afiançou Tertuliano: “O sangue dos mártires é a semente da fé!” 
Eis o relato de como morreram os apóstolos e os principais pregadores da Igreja primitiva:


Estevão
Estevão foi o primeiro a padecer. Sua morte foi ocasionada pela fidelidade com que pregou o Evangelho aos delatores e assassinos de Cristo. A fúria desses homens elevou-se a tal ponto que arrastaram Estevão para fora da cidade e o apedrejaram até a morte. Conforme se supõe, o martírio de Estevão deu-se entre a Páscoa seguinte à da crucificação de nosso Senhor e o primeiro aniversário de sua ascensão, na primavera.
Tiago, o Maior
O próximo mártir mencionado por Lucas em Atos dos Apóstolos é Tiago, filho de Zebedeu, irmão mais velho de João e parente de nosso Senhor. (Sua mãe, Salomé, era prima de Maria) Este segundo martírio aconteceu ante de se completar dez anos da morte de Estevão. Tão logo foi designado governador da Judéia, Herodes Agripa, com o propósito de reconciliar-se com os judeus, suscitou intensa perseguição aos cristãos. No intuito de dar um golpe eficaz, lançou-se contra os dirigentes.
Não podemos deixar de mencionar o relato de um eminente escritor primitivo, Clemente de Alexandria. Conta-nos ele que, quando Tiago era conduzido ao lugar de seu martírio, seu acusador foi levado ao arrependimento e, caindo-lhe aos pés, pediu perdão e confessou-se cristão, decidindo ainda que o apóstolo não receberia sozinho a coroa do martírio. Juntos, foram decapitados. Assim, Tiago, o primeiro mártir apostólico, recebeu decidido e bem disposto, aquele cálice que, afirmara ele ao nosso Salvador, estava pronto a beber.
Filipe
Nasceu em Betsaida, Galiléia. Trabalhou diligentemente na Ásia Superior e sofreu martírio em Heliópolis, na Frigia. Foi açoitado, lançado no cárcere, e depois crucificado em 54 d.C.
Mateus
Era cobrador de impostos, nascido em Nazaré, Galiléia. Escreveu seu evangelho em hebraico, que depois foi traduzido para o grego por Tiago, o Menor. Os cenários de seu labor foram Partia e Etiópia. Este último foi também o cenário de seu martírio; foi assassinado com uma alabarda, na cidade de Nadaba, no ano 60 d.C. 
Tiago, o Menor
Escolhido para supervisionar as igrejas de Jerusalém, foi autor da epístola que lhe leva o nome. Aos 99 anos, foi espancado e apedrejado pelos judeus que, finalmente, abriram-lhe o crânio com um garrote.
Matias
Dele, sabe-se menos que da maioria dos discípulos. Foi escolhido para preencher a lacuna deixada por Judas. Sofreu apedrejamento em Jerusalém e em seguida foi decapitado.
Marcos
Filho de judeus da tribo de Levi. Supõe-se que foi convertido ao cristianismo por Pedro, a quem serviu com amanuense, e, sob a sua supervisão, escrevera seu Evangelho em grego. Marcos foi arrastado e despedaçado pela população de Alexandria, na grande solenidade do ídolo Serapis, tendo terminado sua vida terrena em mãos implacáveis.
André
Irmão de Pedro, pregou o Evangelho a muitas nações da Ásia. Ao chegar, porém a Edesa, foi preso e crucificado. As extremidades de sua Cruz foram fixadas transversalmente no solo. Daí a origem do nome Cruz de Santo André.
Pedro
Dentre muitos outros santos, o bem aventurado apostolo Pedro foi condenado à morte e crucificado em Roma, segundo escreveram alguns. Outros, contudo, não sem boas razões, duvidam disso. Hegespino conta que o povo, ao perceber que Nero procurava razões contra Pedro para matá-lo, rogou insistentemente ao apóstolo que fugisse da cidade. Persuadido pela insistência deles, Pedro dispôs-se a fugir. Ao chegar, porém, à porta, viu o Senhor Jesus Cristo que lhe vinha ao encontro. Adorando-o, Pedro indagou: “Senhor, para onde vais?” Ao que Ele respondeu: “Vou para ser de novo crucificado”. Pedro ao dar-se conta de que era de seu sofrimento que o Senhor falava, voltou à cidade. Jerônimo afirma que foi crucificado de cabeça para baixo, por petição própria, por julgar-se indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor.
Paulo
Outro que, por seu enorme e indescritível trabalho na promoção do Evangelho de Cristo, sofreu nessa primeira perseguição de Nero, foi o apóstolo Paulo. Conta Abdias que, quando se deliberou a respeito de sua execução, o imperador enviou dois de seus cavaleiros, Ferega e Partemio, para dar-lhe a notícia de que seria morto. Ao chegarem ao apóstolo, que instruía o povo, pediram-lhe que orasse por eles para que crescem. Paulo garantiu-lhes que creriam em breve e seriam batizados diante de seu túmulo. Logo vieram os soldados e o levaram ao lugar das execuções, onde, depois de haver orado, ofereceu o pescoço à espada.
Judas
Escritor de uma das epístolas universais era comumente chamado Tadeu. Foi crucificado em Edesa, em 72 d.C.
Bartolomeu
Pregou em vários países e, ao traduzir o evangelho de Mateus para um dos idiomas da Índia, propagou-o neste país. Por último, foi cruelmente açoitado e crucificado pelos conturbados idólatras.
Tomé
Chamado Dídimo, pregou o Evangelho em Partia e na Índia, onde ao provocar a ira dos sacerdotes pagãos, morreu atravessado com uma lança.
Lucas
Foi autor do Evangelho que leva o seu nome. Viajou com Paulo a vários países e supõe-se que tenha sido pendurado em uma oliveira pelos idólatras sacerdotes da Grécia.
Simão
De sobrenome Zelote, pregou o Evangelho na Mauritânia, África, e até na Grã-Bretanha, onde Foi crucificado em 74 d.C.
João
O “discípulo amado” era irmão de Tiago, o Maior. As igrejas de Esmirna, Pérgamo, Sardes, Filadélfia, Laodicéia e Tiatira foram fundadas por ele. Enviado de Éfeso a Roma, conta-se que foi jogado num caldeirão de óleo fervente, de onde escapou milagrosamente, sem dano algum. Domiciano exilou-o na ilha de Patmos, onde escreveu o livro de Apocalipse. Nerva, o sucessor de Domiciano, libertou-o. Dentre todos os apóstolos, foi o único a ter morte natural.
Barnabé
Era de Chipre, porém de descendência judaica. Supõe-se que a sua morte tenha ocorrido por volta do ano 73 d.C.
A despeito das contínuas perseguições e dos severos castigos, a igreja crescia sem parar. Estava profundamente arraigada na doutrina dos apóstolos e era abundantemente regada com o sangue dos mártires.




Washington Araújo






Fonte: O livro dos mártires, e, Os mártires do Coliseu

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